quarta-feira, 14 de dezembro de 2011


MALFUF


Compasso 2/4. Ritmo de origem egípcia, em que a palavra malfuf significa enrolado ou embrulhado.

É um ritmo constante e curto, porém pode ser acelerado ou calmo.

Em sua versão acelerada é usado na entrada e na saída de cena da bailarina, principalmente nas músicas clássicas árabes. Neste caso, a bailarina pode abusar dos giros e deslocamentos.

Na versão acelerada aparece também em músicas modernas e em músicas folclóricas, como é o caso da dança Hagalla, Dabke, Meleah Laff.

Em sua versão mais lenta pode ser usado na dança do candelabro. Pode aparecer ainda em alguns momentos no solo de derbak.

Para cantá-lo: DUM TATA.

FALAHI

Ritmo de compasso 2/4. É a versão rápida do maqsoum, por isso é um ritmo constante e acelerado.

Segundo a bailarina e professora Hayat El Helwa, “falahi vem de Falahim, nome dado aos camponeses egípcios que para amenizar o árduo trabalho, costumam dançar e cantar durante a preparação do solo para nova semeadura e novas colheitas”.

Estes camponeses geralmente moram no interior do Egito e exercem atividades de agricultura ou de pastoril de cabras e camelos.

É um ritmo geralmente tocado em danças folclóricas egípcias, principalmente aquelas ligadas às colheitas, como a dança do Jarro, a dança Gawazi e a dança dos pescadores.

Pode ser cantado assim: DUM TATA DUM TA.


Era comum ter vontades em seu coração, ter sonhos, querer conhecer todos os lugares, sentir-se livre, fazer aquilo que a agrada, não ter horas pra voltar, expandir seus horizontes, buscar conhecimento, era o seu desejo, mas, apenas ficava tudo isso em sua mente, essa sim viajava buscava conhecimento, se encantava, aprendia, pois era a única parte de seu corpo que estava livre, livre da cama que repousava desde que nascera.
Sofria de paralisia total adquirida já em seu nascimento a qual não permitia movimentos de nenhum de seus membros, sua cama era sua vida e o quarto seu mundo particular, dentro dele vivia suas historias, muitas vezes se informava do mundo quando alguma colega a ajudava usar o computador, seus olhos ficavam deslumbrados com a beleza que via pela tela de seu pc, viajando pelo mundo.
Sabia da vida ativa que existia fora de suas paredes, seus olhos para o mundo eram sua televisão e computador, um dia assistiu em um programa da TV uma apresentação de dança do ventre, tinha varias bailarinas no palco, encantou-se com a magia da dança, com a energia que elas passavam, suas roupas deslumbrantes, ficou entusiasmada, eufórica, sentiu uma sensação que não sentia, mas ao mesmo tempo de sua alegria veio a tristeza de saber que jamais poderia sentir o prazer de dançar como as bailarinas que assistira. Caiu em profundo desgosto de sua vida limitada, queria ser normal, sentir os seus pés tocar o chão, o peso de seu corpo apoiado sobre suas pernas, andar, correr, dançar, mas era impossível o máximo que podia fazer era sentar-se em sua cama ajudada e amparada por alguém.
Mas em sua cabeça ficou a imagem daquelas bailarinas do programa da TV, muitas vezes sonhava com isso, mas nunca sonhou em estar dançando e sim assistindo as bailarinas.
Um dia pediu a uma amiga que mostrasse na internet artigos e vídeos sobre dança do ventre, logo estava diante de alguns vídeos que rodam na rede, apresentações de maravilhosas bailarinas, seus olhos brilhavam ao assistir, enchiam de lagrimas, sentia dentro de si as batidas da musica, sua face acompanhava a melodia, ela compenetrada não prestava atenção em mais nada apenas no vídeo que estava assistindo. Uma amiga próxima vendo seu interesse pela dança do ventre resolveu lhe fazer uma surpresa, certo dia combinou com seus pais e a levou a uma escola da danças que tinha aulas de dança do ventre, quando chegou na escola foi recebida com carinho pela professora e as alunas e dedicaram a ela uma dança, que em sua cadeira de rodas não se cabia em si, presenciando ao vivo a uma apresentação de dança do ventre e ainda dedicada exclusivamente a ela, seus olhos vertiam lagrimas, desta vez de emoção, de alegria, estava começando a viver um sonho, estava vivendo os seus sonhos, que por muitas noites eram comuns a ela. Terminado a apresentação a professora veio lhe fazer um convite que mudaria sua vida, a convidou pra fazer parte do grupo, a vir frequentar as aulas de dança, ficou eufórica, e ao mesmo tempo triste e perguntou a professora como ela podia frequentar uma aula se não podia dançar, pois não tinha os movimentos de pernas e braços tão fundamentais para se dançar, a resposta da professora a fez ficar irradiante:
- Não precisa ter movimentos para se dançar, a sua presença no palco, o seu sentir da musica, sua emoção, já a faz dançar, os movimentos são apenas detalhes, você deve dançar pra você primeiramente, e isso já vi que faz quando esta diante da musica!
Aquelas palavras caíram em seu coração como um balsamo, era verdade, ela dançava com sua mente acompanhando os movimentos das bailarinas. Empolgada começou cada vez mais a estudar sobre a dança, estudou a cultura em que a dança do ventre foi criada, estudou sobre a anatomia humana e a influencia que a dança traz sobre ela, estudou sobre as técnicas, os ritmos, os estilos, era uma mestra em conhecimentos, sua teoria superava em muito a sua professora, participou de muitas apresentações e festivais, era presença no palco em todas as apresentações, tinha sempre uma guia que a conduzia em sua cadeira com movimentos cadenciados com a coreografia da dança, exibia seu belo sorriso e encantava a quem a assistia.
Logo passou a criar suas coreografias, ela montava o espetáculo com suas ideias, ganhou muitos concursos, com as coreografias que montava, era sempre inovadora e original, a dança mudou sua vida, em seus sonhos agora ela se via dançando, podia sentir a sensação de estar rodopiando com os braços ao alto, apoiada em suas pernas, sentia seus pés no chão, era uma sensação real, seus sonhos eram sempre tão reais. Ganhou prestigio e reconhecimento no meio da dança, muitas bailarinas queriam ser coreografadas por ela, logo veio o titulo A Bailarina de Cristal, seu quarto agora servia apenas para descansar e ter novas ideias, era eternamente agradecida a sua amiga que lhe tirou de seu mundo onde não vivia, e sim existia, a sua professora que lhe deu esperança, e a dança do ventre que a fez se encantar no primeiro momento que a viu e que a fez ter determinação pra ser cada vez melhor naquilo que podia fazer, com a dança se tornou uma profissional do meio, conheceu muitos países onde participava de festivais, e também era chamada a dar palestras sobre dança, coreografias modernas e seu estilo próprio. A dança do ventre mudou sua vida e hoje é feliz, A Bailarina de Cristal pode ser frágil aos olhos, mas sua competência e seu brilho é imenso e insuperável.


Esse conto faz parte do livro: Um dia, Uma noite, Dançando com você! De Jamal Marzuq, que em breve será lançado.

sexta-feira, 2 de dezembro de 2011

RITMOS

BALADI

Ritmo de compasso 4/4. Em árabe baladi significa meu povo, minha terra, terra natal, meu país, urbano, minha cidade, ou seja, tudo que tenha origem popular.

É um ritmo em homenagem à terra, ao campo.

É importante e bem conhecido no Líbano. Pode ter diferentes velocidades (mais lenta ou mais rápida).

Presente em músicas modernas, clássicas e folclóricas (dança baladi), assim como em solos de derbak.

Para cantá-lo: DUM DUM TAKATA DUM TAKATA.

RITMOS

AYUBI

Ayubi é o nome de uma rádio show no Cairo, que deu origem ao nome deste ritmo.

É um ritmo de compasso 2/4. Pode ser cantado ou não, lento ou rápido.

Em sua versão lenta ele é mais utilizado para uma dança folclórica chamada Zaar (ver link modalidades).

Em sua versão acelerada está presente em músicas clássicas, modernas, solos de derbak e folclóricas, que são as versões mais utilizadas pra Dança do Ventre.

Nas músicas clássicas aparece geralmente nas entradas e finalizações, e também em momentos de transição.

É um ritmo linear, curto, constante, sem modificações, portanto não leva muito à inspiração, à diversificação.

Pode ser cantado assim: KA DUM KA DUM.

sexta-feira, 28 de outubro de 2011


Ela baila feito borboleta no ar,
pois seu grande amor é a dança,
essa arte divina, que a absorve,
que a seduz e a faz flutuar.


Ela esvoaça em leves movimentos,
ao compasso de um som,
qualquer que seja ele, pois nela
tudo é vida e encantamento.


Seus músculos doem,
seus pés criam calos,
no vai-e-vem, no vem-e-vai
dos árduos ensaios.


Mas, tudo vale a pena,
quando chega o dia D,
a hora da apresentação.
Nastenka é só alma e emoção.


A bailarina traz um querer
bem forte, dentro do peito,
pois sua alma teima em
dançar, dançar e dançar.


Seu espirito fica livre
e ela se entrega, de tal forma,
aos movimentos, que se sente
como uma gaivota feliz, no céu a flutuar.


Ao dançar, a bailarina vê
seu corpo e alma virarem anjos,
juntinhos, no palco do céu,
sublimes e alegres a voar.

sexta-feira, 19 de agosto de 2011

1º NOITE ÁRABE UM SONHO REALIZADO!!!!!